24 agosto 2015

Há um século no Correio do Povo... 9 de abril de 1909

SERVIÇO TELEPHONICO 

Como há dias noticiamos, a Companhia Telephonica Rio-Grandense (Ganzo, Durruty & C.) distribuiu aos seus assignantes a relação destes. Essa relação consta de um folheto de difficil manuseio e, portanto, demandando maior perda de tempo quando o assignante deseja saber o numero do telephone com o qual deseja communicação. Seria melhor que a empreza adoptasse para esse serviço, o modelo dos blocos já usados pela União Telephonica. A propósito, registraremos que essa ultima companhia deve fazer aos seus assignantes distribuição de novas listas, pois as que actualmente existem já estão bastante antigas e portanto já soffreram muitas alterações. Está isso no interesse não só dos assignantes como da propria empreza. Hontem, do nosso escriptorio foi pedida para o centro da União Telephonica, ligação com uma firma industrial desta praça. Responderam-nos dali, que a firma em questão não tinha telephone da União, ao que retrucamos que sim, sendo-nos ainda contestado categoricamente, que laboravamos um equivoco. Não tivessemos certeza do que affirmavamos e, diante da negativa tão reiterada e tão formal, haveriamos desistido da communicação solicitada e certos ficariamos de que a firma alludida não possuia telephone da União. Em vista da nossa teimosia, porém, o pessoal do centro procedeu uma verificação e convenceu-se afinal de que a razão estava comnosco. D’onde se conclue: que são indispensaveis as listas de assignantes, renovadas ao menos annualmente, com as alterações que forem occorrendo durante esses doze mezes e que a companhia deve ter mais cuidado no registro dos seus assignantes, para que, alguns destes, como ia succedendo no caso presente, não fiquem privados do serviço de um telephone a cuja utilização têm direito, porque pagam a respectiva assignatura.

http://www.cpovo.net/jornal/A114/N191/HTML/Seculo.htm

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