31 agosto 2006

Don Pedro Duque e Don Juan Ganzo Fernandez


Na foto, Pedro Duque e Juan Ganzo Fernandez.
Pedro Duque casou-se com Virginia Ganzo Fernandez e o pouco que se sabe é que teria emigrado para o Brasil e residido em Blumenau. Não é certo, mas minha mãe lembra de um certo tio Duque de Blumenau (provavelmente um filho de Pedro Duque) e que este tio tinha um hotel. Lembra vagamente do nome de Solange e Saul Duque, como filhos deste.
Pesquisei na internet e encontrei em Porto Alegre uma pessoa com nome de Saul Duque ou Carlos Saul Duque. Provavelmente a mesma pessoa... bem, mas mandei recado e não obtive resposta. Se você o conhece, por favor, peça para que ele entre em contato. É muito importante a colaboração de todos.

Juan Carlos Ganzo Fernandez


Don Juan Carlos Ganzo Fernandez, nasceu em 03 de fevereiro de 1892. Primeiro filho de Juan Ganzo Fernandez e Clorinda Caricochea. Juan Carlos casou-se duas vezes: Com Corina, teve uma filha, Francy (Tia Francy). No segundo casamento, com Albertina Saikowska de Ganzo, teve 2 filhos, Carlos Alberto e Clorinda Ganzo Fernandez (minha Mãe). Juan Carlos desde cedo trabalhou com seu pai, ajudando-o a formar suas grandes empresas: Cia. Telephonica Rio-grandense e posteriormente a CTC, Companhia Telephonica Catarinense. Grande empreendedor, lutou muito, mas em 1969 acabou por ter sua empresa emcampada pelo governo. Triste lembrança... basta perceber que dita empresa acabou voltando para a iniciativa privada em 1999, agora como Brasiltelecom. Como tudo neste país, quando uma empresa está no auge, o governo arranja algum motivo para torná-la sua e oferecer mais um bom cabide de empregos! Tenho muita saudade de meus avós. Sei de suas lutas e conquistas e que como imigrantes, sofreram e sofreram muito. Perderam participações em empresas hoje multimilionárias (ex. Ipiranga Petróleo), pelo simples motivo de não serem brasileiros. Nestas horas lembro do velho ditado: "Si hay gobierno! Soy contra!"

Os Ganzo, o rádio gaúcho e o telefone no sul do Brasil


Viajar estava no sangue do empresário Juan Ganzo Fernandez, que se dividia entre o Uruguai, o Brasil e a Europa. Na Banda Oriental, este espanhol das Ilhas Canárias encontrou a pátria de adoção – adoção política nas fileiras do Partido Nacional, dos líderes blancos da família Saravia, ao lado dos quais esteve lutando nas revoluções de 1897 e 1904. Dos entreveros contra os colorados, trazia o título de coronel, que ostentava com orgulho.
Já o Brasil era o lar escolhido, da família e dos negócios, com destaque para a Companhia Telefônica Rio-grandense, criada e presidida por ele. Da Europa, Ganzo vinha sempre com novidades. Em meados dos anos 20, não foi diferente. De uma viagem ao Velho Mundo, trouxe a idéia, ainda indefinida, do rádio, a qual, mais do que a ele próprio, vai seduzir a Juan Edison Ganzo Fernandez, o filho, batizado conforme uma mania familiar de homenagear inventores, no caso o da lâmpada incandescente, o norte-americano Thomas Edison.
A rigor, o que o coronel Ganzo propunha não era o rádio propriamente dito, como explicaria, nos anos 70, um dos integrantes do grupo de pioneiros que começava a se formar, Evaristo Bicca Quintana:– O Edison, eu mesmo e mais alguns amigos nos empolgamos com a idéia que nos expôs o coronel Juan Ganzo Fernandez, que conhecera, na Europa, as emissões domiciliares através do telefone.
A utilização das linhas da Companhia Telefônica Rio-grandense era uma forma engenhosa de driblar a ausência de receptores e, talvez, engordar a receita da empresa. Enquanto Ganzo procura convencer seus colegas de diretoria, o núcleo de entusiastas que, mais tarde, daria origem à Rádio Sociedade Rio-grandense torna públicas suas intenções, em 3 de abril de 1924, graças ao bom relacionamento com os jornalistas de A Federação, alguns deles também atraídos pela idéia:“Um grupo de jovens aqui residentes pretende instalar, nesta capital, um serviço de irradiações fônicas a domicílio, mediante modesta mensalidade, a fim de que possam gozar de tão importante melhoramento até mesmo as pessoas menos abastadas.As irradiações fônicas consistem na transmissão a domicílio da radiotelefonia recebida do Rio, Buenos Aires e Montevidéu. Também serão transmitidos a domicílio: concertos, discursos, conferências, séries humorísticas, poesias, audições teatrais, receitas úteis para as famílias, notícias importantes e tudo aquilo que possa interessar às famílias”.
Juan Ganzo e Edison Ganzo.
Segundo Evaristo Bicca, a sugestão de envolver no projeto a empresa controlada por ele não prospera:– Dentro da própria Companhia Telefônica Rio-grandense, o coronel Ganzo encontrou, por parte de outros diretores – Victor Coussirat de Araújo e Viterbo de Carvalho – objeções ao projeto que acabou não passando disso.
A solução veio inspirada na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, captada com dificuldades na capital gaúcha. Os amadores da radiotelefonia, como eram chamados então, iriam trilhar o caminho do associativismo, criando nos meses seguintes uma entidade quase homônima à de Edgard Roquette-Pinto. Na fundação desta Rádio Sociedade Rio-grandense, destaca-se Edison Ganzo, em quem, gradativamente, cresce o interesse pelos aspectos técnicos da radiodifusão. É ele que, com Evaristo Bicca, busca em Buenos Aires o equipamento transmissor a ser usado pela estação pioneira do Rio Grande do Sul, que vai operar, de modo esporádico, de 7 de setembro de 1924 até meados do ano seguinte. Mais tarde, o mesmo Edison Ganzo ajudaria, com seus conhecimentos, a criar a segunda emissora de Porto Alegre, a Rádio Sociedade Gaúcha.
Assim, a irradiação inaugural da radiodifusão gaúcha naquele Dia da Independência não poderia mesmo ocorrer em outro lugar. É na Vila Diamela, a ampla propriedade dos Ganzo, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, que nasce o rádio no Rio Grande do Sul. Atravessa, hoje, o local da antiga propriedade uma ampla avenida que leva o nome da família de origem hispânica.
O rádio, no entanto, não seria a única inovação ligada à família Ganzo. Graças à Companhia Telefônica Rio-grandense, Porto Alegre, inaugura, em 19 de abril de 1922, o seu sistema de telefonia automática, um avanço tecnológico, na época, inédito em toda a América do Sul, compartilhado apenas com Rio Grande, também por obra da empresa. Antes disto, todas as ligações dependiam sempre de uma intermediação da telefonista. Fora isto, a família participa de empreendimentos como a Companhia Rio-grandense de Usinas Elétricas, com centrais em várias cidades do estado. Quando, em meados dos anos 20, seus negócios em telefonia são vendidos para um grupo dos Estados Unidos, o coronel Ganzo dedica-se a um zoológico montado na sua propriedade no Menino Deus, o primeiro do estado. Em 1927, a família transfere-se para Florianópolis, passando a explorar os serviços de telefonia na capital catarinense, dando continuidade a uma trajetória de intensa ligação com a comunicação eletrônica, trajetória interrompida em fins da década de 60, com a encampação da empresa pelo governo ditatorial do general Costa e Silva.


Artigo escrito por Luiz Artur Ferraretto no site: http://www.carosouvintes.com.br/index.php?option=content&task=view&id=911&Itemid=97

Alberto Ganzo Bugna

Alberto Ganzo Bugna nasceu em 4 de janeiro de 1903. Filho de Ángel Juan Tomás de Ganzo y Pacheco e María Paula Dominga Bugna Raggio. Alberto Ganzo Bugna teve duas filhas, Sara Teresita Ganzo Casal (direita na foto) e Isabel Graciela Ganzo Casal (esquerda na foto). Do casamento de Sara com Horacio Arnoldo Bia Spinelli nasceram 4 filhos: Rodolfo Miguel Bia Ganzo, Silvia Graciela Bia Ganzo, Horacio Alberto Bia Ganzo e Fabián Martín Bia Ganzo. Rodolfo? Ahhhhh... acabamos de nos conhecer! Interessante, primos distantes tanto na distância quanto na família. Ele no Uruguay e eu no Brasil. Não nos conhecemos pessoalmente, mas em breve, com certeza teremos oportunidades. Este post é um pedido especial que Rodolfo me faz. Com carinho a seu avô Alberto. "Quiero pedirte un favor muy especial, y es que incluyas en el blog unafoto de mi abuelo Alberto Ganzo Bugna ( hijo de Titi Ángel) yafallecido a quien quise muchisimo y cuyo recuerdo me anima mucho aunhoy en día." Rodolfo Miguel Bia Ganzo

Dona Margarita Fernandez


Aqui está a foto da Matriarca dos Ganzo do Uruguay e Brasil. Margarita Fernandez tinha 16 anos quando se casou com Juan Tomás de Ganzo y Pacheco de 23 anos em 22 de dezembro de 1866.