28 agosto 2006


Ainda há pouco recebi um e-mail de meu primo Rodolfo do Uruguay. É incrível... nem sabia que havia parentes no Uruguay e agora tenho vários na nação vizinha. Muito bom... estou muito feliz com isto. Mandou-me fotos de minha Tataravó com seus filhos, filhas e netos. Bem, achava que a nomenclatura seria mais do que TATARAVÓ, mas estava enganado. Vejamos esta explicação que peguei na internet: TATARAVÔ - Composto do grego tetra, prefixo que significa quatro, e avô, é a expressão indicativa do quarto avô, ou o pai do trisavô. Refere-se ao avô, que, mostrando a ordem familiar ascendente, está colocado em quarto lugar, ligando-se ao tataraneto por um parentesco consangüíneo de quinto grau. É denominado, também, tetravô. A partir do tararavô é esta a ordem descendente: trisavô, bisavô, avô, que em relação aos netos, estão em quarto, terceiro e segundo grau de parentesco consangüíneo, respectivamente. Vulgarmente, atribui-se ao trisavô (terceiro avô), a denominação de tataravô. Mas, em realidade, tataravô é o quarto dos avós (De Plácido e Silva - Vocabulário Jurídico, IV, p.323). Quanto a ordem ascendente, a partir de tataravô ou tetravô, é comum abandonar os nomes especiais, como bis-avô, tris-avô e tetra-avô, que usam prefixos gregos correspondentes à numeração, para utilizar-se de numerais procedidos do vocábulo avô. Assim:

EXPRESSÃO, DEFINIÇÃO
Bisavô bis (dois) - segundo avô
Trisavô tri (três) - terceiro avô
Tetravô ou Tataravô tetra (quatro) - quarto avô
Quinto avô No lugar de pentavô
Sexto avô No lugar de hexavô
Sétimo avô No lugar de heptavô
Oitavo avô No lugar de octavô
Nono avô No lugar de nonavô
Décimo avô No lugar de decavô
Etc.

Pois bem... assim está! E aqui a foto magnífica:

Um pouco de história... Mas há dúvidas

Meu bisavô originou-se da Ilha de Lanzarote, Ilhas Canárias, possessão espanhola. Lá, na cidade de Yaiza (lê-se Iaíssa) existem várias familias com o mesmo sobrenome, tanto grafado Ganzo como De Ganzo, são a mesma coisa. A origem do nome Ganzo nas Ilhas Canárias procede de Portugal da familia dos Guedes e o primeiro que usou o apelido foi Lourenco Martins Ganço, casado com Maior Pires Ervilhao, nascendo deste matrimônio um filho, continuador do apelido Ganzo, pasando logo a um de seus descendentes cujo nome se desconhece, a Lanzarote onde se assentou em um lugar ao qual deu nome. Neste núcleo de povoação conhecido como Ganso ou Ganzo existiam no século XVII ao menos cinco casas documentadas, sendo este lugar morada da familia de Juan Tomás de Ganzo, que ocupou vários cargos, como o de escrivão público durante o século XVII e que realizava suas atividades entre seu lugar de residência no lugar de Ganzo e na Villa de Teguise (antiga capital da ilha) e teria propiedades em Ganzo, Uga e El Chupadero, todos estes lugares aparecem nos documentos da época, ou seja, que sua existência é certa.
Quanto ao desaparecimento do lugar ou aldeia de Ganso (essa é a grafia da época) não há referências históricas claras referente a data exata em que foi sepultada por lava vulcânica, pois foi devido a sucessivas erupções vulcânicas do Timanfaya ocorridas entre 1 de setembro de 1730 e 16 de abril de 1736, que inclusive destruiu também Santa Catalina, Ganso, Chichiganso, Chimanfaya, El Chupadero, Tingaya, Testeína e Mazo. Pouco se pode saber anteriormente ao ano de 1618, em que os ataques de piratas e do turco Arraéz se encarregaram de destruir os documentos dos cartórios de Lanzarote quando queimaram e arrasaram Teguise (capital da ilha até meados do século XIX), levando-se consigo a metade da população da ilha. Nesses momentos desapareceu toda a documentação notarial anterior ao ano de 1618. No ano de 1660 existiam em Ganso ao menos tres maretas chamadas Ganso, Villaflor e Nosa. Também existem dados sobre a venda de dois terços do término de Ganso que realizou Guillén de Betancor Velázquez, padre que havia sido de Yaiza ante o escrivão Juan José de Hoyos, com suas casas, currais, maretas, vegas e terras de pan sembrar, feitas e por fazer, do que se deduz que o outro terço do lugar quem possuia era Juan Tomás de Ganso, já que este tinha propriedades em Ganso, Uga e El Chupadero.

Texto enviado por Félix Juan Montelongo, natural de Yaiza, Lanzarote.

Un poco de historia... pero haber dudas

El origen de este apellido en cuanto a su implantación canaria procede de Portugal y aparece con distintas grafias: Ganzo, de Ganzo, Ganso y de Ganso. Este apellido procede de la voz portuguesa ganço, de etimología poco clara, que podría provenir tanto de ganho (lucro) como de ganso (ave palmípeda). Los primeros miembros de la saga son de origen portugués llegados posiblemente a Lanzarote a principios del siglo XVI cuando la masiva arribada de emigrantes portugueses para cultivar cereales en las llanuras de la isla, donde parece ser que un portador del apellido Ganço, cuyo nombre se desconoce, debió asentarse y dar nombre al lugar de Ganso. Este lugar fue asiento de la familia del capitán Juan Tomás de Ganzo que realizaba sus actividades entre su lugar de residencia y la Villa de Teguise (antigua capital de la isla), ocupando diversos cargos, escribano público y de Cabildo, por merced del conde y marqués de Lanzarote, don Agustín de Herrera y Rojas, otorgada el año 1625, Justicia Mayor, Juez Ordinario y Alcalde Mayor de la isla, así como escribano de Cámara de la Real Audiencia de Canarias. Este Juan Tomás de Ganzo, tenía propiedades en Ganzo, Uga y El Chapadero. El apellido Ganzo proviene de la familia de los Guedes. Gueda Gomes, hijo de Gomes Mendes Guedeao y su esposa Chamoa Mendes, casó con Urraca Henriques de Portocarreiro, hija de Henrique Fernandes Magro y de Ouroana Reimondes de Portocarreiro, que estuvo en la conquista de Sevilla. De este matrimonio nacieron, entre otros hijos, Gil Guedes, que casó con María Fernandes de Sousa, hija de Fernao Gonçalves de Sousa y de su mujer Teresa Pires, de quien nacieron entre otros hijos, Martín Gil de Aroes. Este Martín Gil de Aroes, casó con Toda Lourenço de Gundar, hija de Lourenço Fernandes de Gundar y de Maria Martins de Ataide y tuvo a Lourenço Martins Ganço, que casó con Maior Pires Ervilhao, hija de Pedro Martins Ervilhao y de Elvira Pires, naciendo de este matrimonio Estevao Lourenço Ganço, continuador del apellido paterno que casó con Teresa Gomes, hija de Gomes Pais de Azevedo y de Constança Rodrigues de Vasconcelos, de cuyo matrimonio nacieron varios hijos.
Juan Tomás de Ganzo fue nombrado Alcalde Mayor de Lanzarote el 27 de febrero de 1658 y tuvo al menos una hija llamada María Perdomo de Ganzo, a quien el marqués de Lanzarote le concedió el oficio de escribano público y de cabildo el 28 de noviembre de 1645, y que ésta cedió luego a su esposo Juan de Betancor Jerez, todos estos documentos se custodian en el Archivo Histórico de la Villa de Teguise. La parroquia de Yaiza fue erigida el 10 de septiembre de 1728 y conserva los libros de registro de bautismo y otros desde esa fecha, aunque en 1818 se erigió también en la zona, la parroquia de Femés, la cual dejó de ser parroquia en 1962 y vuelve a depender de Yaiza. De seguro que en está parroquia encontrarás a tus antepasados. En cuanto al apellido Ganzo, originario del pueblo cántabro de su nombre, el cual visité hace unos años, nada tiene que ver con el apellido Ganzo de Canarias. Además el apellido Ganzo aparece en antiguos documentos de Lanzarote escrito de varias formas, entre ellas el Ganço portugués.
Acabo de encontrar el testamento otorgado por Diego Ruiz ante el escribano público Salvador de Quintana Castrillo el día 28 de agosto de 1618, que entre otras cosas dice que dicho documento se firmó en la casa del otorgante que está en Ganso, también declara que aportó a su matrimonio 6 fanegadas de tierra que lindan con el lugar de Ganso y que heredó de sus padres unas suertes de tierra en el término de Ganso, en el lugar que dicen Lago, con las casas y morada que habita, una prueba documental más de la existencia del lugar llamado Ganso Referente a Juan Tomás de Ganzo éste anteponía a su apellido la preposición de, lo que significa claramente que su apellido procedía con toda probabilidad del lugar de Ganso, pues seguramente aparte de residir en dicho lugar debía ser tambien natural de allí.

Juan Montelongo