13 maio 2007

Oscar Germano Pedreira

Juan Ganzo Fernandez sentado à esquerda e Oscar Germano Pedreira em pé, de óculos.


Há alguns dias, me escreveu Marta Pedreira Ghezzi. Contou-me ela que seu avô, Oscar Germano Pedreira foi muito amigo de meu bisavô, Juan Ganzo Fernandez.
Marta está resgatando a história de seu avô e assim, em suas pesquisas, acabou por encontrar este meu blog.
Que interessante... os encontros da família há muito separada no tempo e no espaço, os amigos de nossos avós... suas histórias, fotos, cartas... é maravilhoso poder compartilhar destas emoções.
Obrigado Marta, muito obrigado!




Oscar Germano Pedreira


Oscar Germano Pedreira nasceu em Uruguaiana no dia 27 de março de 1887. Era o terceiro filho do casal Joaquim Maria Pedreira Junior e Orosia Altina Germano Pedreira.

Na infância viveu em Jaguarão e depois em Melo, no Uruguai, quando o pai era vice-cônsul do Brasil.

É provável que tenha chegado a Porto Alegre no final de 1908 ou no início de 1909, já empregado na Companhia Telephonica Rio Grandense, cujo principal acionista (ou um dos principais) era o Coronel Juan Ganzo Fernandez, que ele conhecera em Melo.

Nesse ano prestou exames para o ingresso na escola de Engenharia, iniciando o curso no ano seguinte.

Devido ao cargo de grande responsabilidade que exerceu, desde o início, na Telephonica, onde era o principal executivo, não podia cursar todas as disciplinas previstas para cada semestre, vindo a concluir o curso somente no ano de 1917.

Em 1918 casou-se com Marietta Mello, filha do comerciante Alfredo Gomes de Mello e de sua mulher, Annita (Anna Emilia) Fagundes de Mello.

O casal teve cinco filhos: Maria, Dora Rachel, Joaquim Alfredo, Anna Luiza e Beatriz (que morreu um mês depois de seu primeiro aniversário).

Oscar dedicou toda sua vida profissional à Telephonica Rio Grandense, permanecendo naquela Companhia mesmo depois que a empresa americana International Telephone and Telegraph Corporation (ITTC) assumiu o controle acionário, em 1927. Morreu no dia 22 de julho de 1949, com a idade de 62 anos, quando se encontrava a serviço, no Rio de Janeiro, em conseqüência de um infarto.

Era profundamente admirado por todos que o conheciam, pela dedicação à familia e ao trabalho, por sua generosidade e pela firmeza de seu caráter. No santinho que, como era costume na época, foi distribuído durante a missa celebrada no sétimo dia de sua morte, constam estes dizeres: “Ele foi perfeito em todos os atos de sua vida. Era a creatura que todos nós admiravamos, aquela com quem desejariamos nos parecer.”