Cel. Juan Ganzo Fernandez e Getúlio Vargas

Dia desses visitei o tio Beto. Tentei garimpar alguma coisa para dar suporte ao blog.Meu tio contou-me sobre a leitura que fizera do livro dos Diários de Getúlio Vargas e que neste livro havia dois trechos em que Getúlio Vargas mencionara a presença de meu bisavô, o Coronel Ganzo Fernandez. Assim, tratei de fotografar as páginas para podê-las transcrever aqui no blog. Porém, acessando a internet, consegui visualizar e copiar as fotos dos originais do diário de GV.

Fico devendo os meses em que ocorreram os fatos. Posteriormente anexarei aqui.

Aqui passo a transcrição:

Dia 3, Domingo     --- 1932

Realizamos o passeio à fazenda do sr. J. Barbará, no município de Arcozelo, Estado do Rio, 

vasta proprieda com uma área de cerca de 8 léguas, com muitas instalações confortáveis, e destinada à criação do gado. Tudo isso foi adquirido por Geraldo Rocha com o dinheiro da São Paulo-Rio Grande, depois restituído pelo procurador infiel à fima francesa,

 representande da empresa, e por esta vendida ao sr. Barbará. Tivemos um abundante 

churrasco, almoçamos bem, assistimos a uma doma de potros.

Fomos mais de trinta pessoas: Ministro da Viação e Trabalho, interventor da Bahia, engenheiros das estradas, elementos dos respectivos gabinetes, coronel Ganzo Fernández, engenheiro da estrada, famílias etc. A viagem, um tanto penosa - quatro horas e tanto de trem para duplicar no mesmo dia -, não é aconselhável como repouso no domingo. Enfim, tudo correu bem, não houve incidentes desagradáveis.

Em outro ano, 1933, mais uma vez seu nome é citado:

Dias 19,20   --- 1933

No domingo, fui almoçar na magnífica casa de campo do sr. Franklin Sampaio, em Itaipava. Lá encontrei cerca de trinta convidados, pessoas quase de alta representação financeira. Retirei-me quase às 5 da tarde. Nos intervalos das palestras em grupo, falando com o cardeal, tratei das relações de harmonia entre o governo e a Igreja Católica, e as aspirações desta na futura organização política. Com o coronel Ganzo Fernández, tratei do movimento tendente na reforma na organização do Uruguai, com um possível golpe de Estado dado pelo próprio presidente Terra, e a atitude do Brasil.

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